No presente volume, o globe-trotter Baudrillard sai da nevasca de Montreal para aterrissar nos corpos de Copacabana, discorre sobre a nulidade da Bienal de Veneza, lamenta com lágrimas de crocodilo nossa incapacidade de controlar o tempo e principalmente ataca as imbecilidades reinantes no cotidiano, mas também no mundo político e cultural, 'o grau Xerox da estupidez que se confunde com o grau Xerox da inteligência', e 'como se acreditasse na inteligência do poder, apesar da convicção inequívoca do contrário'... Mas é nos belos trechos onde aborda o ato de escrever que Baudrillard se expõe a um irresistível semi-haraquiri público- 'haveria muito a dizer sobre a prostituição das palavras, o esgotamento textual da língua'...