Levando em conta as ideias de Hans Robert Jauss, para quem a maneira pela qual uma obra literária é recebida no momento de sua aparição, determina o seu valor estético, Giuliana Simões estuda as recepções que tiveram as experiências teatrais de Renato Vianna, Benjamin Lima, Flávio de Carvalho e Oswald de Andrade nos anos 1920 a 1930. Por meio da análise dos textos e espetáculos que realizaram, e também pela descrição de reações da plateia ou de intérpretes diante de uma peça concebida em termos modernos, ela procura demonstrar como os quatro artistas quebraram o ''''horizonte de expectativas'''' do público da época - incluindo aí espectadores, críticos e atores -, que não souberam reconhecer ou aceitar os avanços estéticos em relação aos padrões convencionais então vigentes.