As teorias e as experiências libertárias em matéria de educação são diversas; elas variam sensivelmente de um autor a outro e apresentam-se de modo diferente segundo as épocas e os países: a Rússia feudal e czarista de Tolstoi não era a França dos “burgueses conquistadores” de Prou-dhon, nem a Espanha clerical e monarquista de Ferrer. Podemos, contudo, para além dessa diversidade, extrair uma certa unidade? Ou ainda, existe uma convergência suficiente entre as doutrinas e entre as experiências para poder falar de “Um” pensamento anarquista em matéria de educação? É o que nós nos propomos estudar, tentando estabelecer os postulados, os axiomas e as relações fundamentais que constituem o “modelo” da pedagogia libertária, sem, no entanto, pretender conduzir esse modelo a um sistema fechado.