Partindo da etnografia documental de ações penais, o livro constitui uma investigação sobre o papel da magistratura em quinze operações em favelas da zona norte do Rio de Janeiro. Nesse sentido, reflete sobre a relação entre as colonialidades, a estrutura do sistema de justiça criminal e a política de guerra às drogas; debate as incursões como parte do projeto de gestão urbana neoliberal e antinegra na cidade do Rio; e explora como discursos em processos judiciais podem compor narrativas sobre territórios de favelas e sujeitos que são fundamentais para a manutenção da soberania necropolítica e da branquitude que informa atuações judiciais.