O desequilíbrio que assola nossa sociedade é, em grande parte, uma crise de paternidade. Refiro-me principalmente ao papel do progenitor varão, mas, mutatis mutandis, muito do que direi a seguir poderia ser aplicado à maternidade e à crise de paternidade espiritual que é exercida por educadores, por pessoas em posição de autoridade, padres, religiosos e religiosas, etc. A dissolução da família é uma das feridas mais dramáticas da humanidade e, provavelmente, pelas suas consequências, a que melhor explica a crise contemporânea. Um dos resultados dessa dissolução familiar é a dissolução da figura paterna.