Lugar nenhum ou Bora Bora? aborda o conjunto de representações simbólicas produzidas sobre o rock criado e difundido no Brasil na década de 1980, expressas nos discursos de músicos, críticos, aficionados e demais pessoas ligadas ao meio. Os artistas do rock nacional criaram e recriaram suas identidades artísticas principalmente por meio de oposições ou alianças a sons e comportamentos associados ao construto MPB. As relações e as trocas de influência entre roqueiros e emepebistas nos anos 80 comportaram uma série de ambigüidades e foram permanentemente reelaboradas. A categoria autenticidade revelou-se como a principal chave analítica deste trabalho, a partir da verificação dos diversos significados comportamentais e artísticos que ela assumiu entre os roqueiros.