O estado desenvolvimentista, sua crise e o processo de liberalização econômica da década de 1990 servem de pano de fundo para o estudo. O autor mede a participação do empresariado paulista em duas entidades de caráter nacional, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), no período de 1992 a 2004, com o mapeamento da ocupação de cargos nas duas entidades. Traça ainda um panorama da articulação nacional do empresariado paulista e discute sua importância. O estudo inédito mostra que a interpenetração das diretorias oferece a possibilidade de haver uma relação social, seja de poder, influência ou conhecimento. O resultado é uma estrutura de representação do empresariado menos fragmentada e heterogênea, o que constitui uma ação coletiva que lança vínculos para além do estado de São Paulo.