...Os poemas de Francisco demonstram uma pureza quase infantil, ao mesmo tempo em que soam maduramente amargos, apaixonados ou indignados. Eles cantam gozos e dores de amor; falam de fazer poesia, de ser poeta; falam das angústias do homem moderno, de saudades, de ternuras; falam da pobreza, social e/ou existencial, e da dor que ela causa. Nos Poemas a Meia Carne, mais do que tudo, chama a atenção o encontro entre as formas clássicas - evocadas, sobretudo, pelos sonetos e algumas métricas elaboradas -, escolhas vocabulares inusitadas e subversões sintáticas que insinuam muito das tendências contemporâneas da poesia...