O modelo atual de sociedade introduz a preocupação com o calapso da terra diante do consumo em massa motivado por paixões, com o consequente uso desenfreado dos recursos naturais e o descarte prematuro de bens, que passam a integar a categoria de "lixo". A problemática dos resíduos sólidos ganha repercussão mundial, despertando no Brasil a necessidade de organizar uma política de âmbito nacional (federal, estadual e municipal), capaz de envolver todos os atores ( poderes públicos, setor privado e consumidor ) e que tenha como finalidade permitir, de um lado, a minimização do uso de recursos naturais no processo produtivo e, de outro, a redução da geração de resíduos sólidos e dos impactos ambientais destes decorrentes. É a partir da análise de alguns dos pensamentos econômicos, influenciados, pelo Direito e pela visão protetiva do meio ambiente, que se torna possível destacar mecanismos para o enfrentamento da crise ambiental mediante a internalização das externalidades, isto é, dos custos ou benefícios ao mercado que recaem sobre terceiros e não sobre a unidade que os gerou. A política Nacional de Resíduos Sólidos propõe-se a solucionar ou mitigar esses impactos. Por meio da aplicação do princípio do poluidor-pagador, exige a internalização das externalidades negativas e, também, positivas, advindas da gestão ambientalmente adequada dos resíduos sólidos. E, para a consecsão desse e de outros de seus objetivos, vale-se de instrumentos de controle e de instrumentos econômicos.Este trabalho analisa, a partir de uma visão macro, como a política Nacional de Resíduos Sólidos se estrutura para a concretização de seus objetivos em prol do desenvolvimento sustentável, a partir de uma política responsável de gestão dos resíduos sólidos, de forma que estes também possam ser considerados bens úteis e lucrativos, evitando o desperdício de recursos naturais e a disposição final de rejeitos sempre crescente e geradora de impactos socioambientais.