Em 'Água viva' a autora se confunde com a personagem, uma solitária pintora que se lança em infinitas reflexões sobre o tempo, a vida e a morte, os sonhos e visões, as flores, os estados da alma, a coragem e o medo e, principalmente, a arte da criação, do saber usar as palavras num jogo de sons e silêncios que se combinam, a especialidade da própria Clarice. Este texto ficcional em forma de monólogo foi lançado pela primeira vez em 1973, poucos anos antes da morte de Clarice.