Hélio Pellegrino era personalidade vibrante e viveu intensamente os seus 64 anos. Tinha o gosto pela palavra e usava-a com beleza e rigor. Amando a literatura, cultivou a poesia desde a juventude. Curiosamente, pouco publicava em jornais e revistas. Só os íntimos tinham acesso à sua produção, bastante ampla, como prova “Minérios domados”, com 190 poemas. Sua poesia é forte, lírica, refuga o lugar comum, não é oratória e usa as palavras que o encantavam no canto de seus temas, amor, mulher, morte, mar. Na primeira parte estão os poemas datados – 126 ao todo, de 1942 a 1987, abrindo com os mais recentes,aqueles em que o autor se mostra especialmente afiado na arte de domar os seus minérios. Na segunda, com 64 poemas, que ele não datou, não quis o organizador arriscar uma arrumação cronológica.