Em sua estréia na não-ficção, Nahid Rachlin traça, com precisão e delicadeza, um retrato de sua própria família, dividida entre o peso da tradição e o desejo de liberdade na paternalista sociedade iraniana. Rachlin fia-se por sua tempestuosa relação familiar e pelo forte vínculo de amizade com sua irmã mais velha, Pari, para dar forma às lembranças no lançamento Garotas da Pérsia. Nascida no Irã e radicada há alguns anos nos Estados Unidos, a autora traça, em paralelo às lembranças, um panorama político do Irã, e das relações do país com os norte-americanos em diferentes épocas. Mais do que a história de Nahid, o livro mostra as vidas interligadas das mulheres de sua família, dando forma ao complexo universo feminino no mundo islâmico.