Este trabalho, em sua segunda edição, teve como preocupação verificar, apontar e discutir situações que demonstram a organização interpretativa de textos por parte de surdos adultos não oralizados. Uma vez que são poucos os estudos envolvendo sujeitos adultos não oralizados em nossa sociedade, pretende-se acrescentar alguns elementos para o conhecimento desta problemática tanto do ponto de vista da semiótica, quanto dos aspectos educacionais. Para isto, o estudo focaliza leitura-escrita, reconto compreensivo, conversa espontânea e depoimento acerca da língua de sinais por parte de dois adultos surdos, João e José, que estiveram durante toda a vida envolvidos com língua de sinais, e também de Maria, que é surda oralizada e conhece as línguas oral, escrita e de sinais, atuando como intérprete, transcrevendo e traduzindo as manifestações ocorridas em língua de sinais. Para que isso possa ocorrer, faz-se necessária a disseminação da LIBRAS através de projetos realizados em parcerias com a FENEIS e universidades, com o apoio do governo e da mídia, de modo a garantir o conhecimento desta língua por parte do surdo, de sua família e dos ouvintes em geral.