Este livro não só tem muito do trabalho acadêmico, tem muito da minha vida enquanto mulher, negra, professora. Revisitei minhas experiências e ouvi relatos de outras professoras. Confirmei que, a escola nem de perto é o lugar sagrado, ao contrário, nela, às vezes abrem-se feridas que sangram por toda vida. Mas é também na escola e no ambiente familiar que se encontram as melhores chances de curar as chagas causadas pelo racismo. Estamos falando de alguns dos palcos da vida onde cada um de nós apresenta e amplia seu repertório para o bem ou para o mal de si e do outro, mais uma vez, o importante é se conscientizar disso. Da minha parte, tenho tentado reescrever novos atos e angariar atores para que possamos, um dia, quem sabe, estrearmos o tão necessário espetáculo da verdadeira democracia.