«O pudor é uma defesa natural contra possíveis olhares impudicos e furtivos que tentam transformar o corpo humano em instrumento de satisfações egoístas; mas é também o contrapeso da nossa própria concupiscência, que não necessita de estímulos extraordinários para manifestar-se e destruir a pureza da alma e do corpo.» O tema pudor é, mais do que nunca, um tema urgente. Salvaguarda da intimidade pessoal e fonte do respeito pelo próprio corpo, esta virtude «menor» permite ao ser humano – à mulher e ao homem – ser integralmente humano; quando está ausente, degrada-se não somente a sexualidade, mas todo o conjunto de valores em que a pessoa se apoia. E por isso o pudor reveste-se, também para a vida social, da eficácia dos alicerces ocultos, por nutrir íntimas relações com a modéstia, a discrição e a humildade.