Ésquilo, Shakespeare, Tolstói, Kafka, Brecht, Coetzee e Sciascia. O que há de comum entre esses grandes escritores da literatura ocidental? Todos eles – e muitos outros – nos contam histórias que envolvem o papel do juiz, o problema da decisão, os símbolos e rituais do sistema judiciário e os desafios na realização da justiça. Este livro adota a premissa de que algumas narrativas literárias, especialmente os clássicos, são mais importantes para o estudo e a compreensão do Direito do que a maioria dos manuais jurídicos. Isso porque a literatura pode ser considerada um verdadeiro repositório de fontes para a reflexão crítica do Direito. Assim, partindo dos pressupostos teóricos e metodológicos do estudo do Direito na Literatura, aliados à noção de modelos de juiz – formulada, originalmente, por François Ost –, os autores abordam a representação do juiz e, de modo geral, das instituições ligadas à justiça a partir de narrativas literárias. Obra de referência nos estudos interdisciplinares de Direito e Literatura, nos níveis da graduação e da pós-graduação, realizados nas áreas das ciências humanas e sociais aplicadas.