[...] Para início de conversa, lembramos que estamos na cozinha, ao redor de uma mesa farta, com dois tipos de cuscuz, têm raízes bem temperadas e acompanhadas com carne do sol, queijo coalho e calabresa. Estamos sentadas diante de uma variedade de biscoitos artesanais e garrafas de café. É importante considerar este cenário antes da leitura seguinte, pois as narrativas foram estimuladas e alimentadas pela culinária, portanto, esse trabalho foi produzido com aquele cheiro de café passado na hora, além de todo aroma que sai da cozinha e se espalha pela casa, quando as mulheres resolvem se reunir para cozinhar e conversar. Esta leitura já começa a afetar por aqui. O trecho em destaque é uma síntese presente nas páginas deste livro, onde a autora faz questão de descrever como o Espelhamento Narrativo se configurou como um instrumento analítico para captar a Circulação dos Afetos, localizados em narrativas de Professoras Negras, utilizando a cozinha e a culinária como estratégia (...)