O que transforma dias banais em dias perfeitos? Quando o lúdico passa a ser apenas rotina? A resposta parece passar por Peter Handke, mas estaria em Faulkner, em suas cartas à sua amante Meta Carpenter, mantidas nos arquivos literários da Universidade do Texas. Em um congresso, o jornalista espanhol Luis inicia um relacionamento amoroso com a arquiteta mexicana Camila. Ambos casados, verem-se uma vez ao ano e desfrutar de alguns dias perfeitos - do tipo em que vemos beleza em uma revoada de morcegos - poderia ser o arranjo perfeito, que lhes permitia continuar com seus amores de rotina. As coisas não saem como planejado, e Luis escreve sobre seus amores com sinceridade, encantamento e algo infelizmente não tão comum em relacionamentos amorosos malfadados respeito e consideração pelos envolvidos e seus desejos conflitantes. Sabemos que todas as cartas de amor são ridículas. Aqui temos duas cartas inteiras e referências a várias outras.