Amarildo, Amarildo, Amarildo, Amarildo, gritava de forma efusiva o narrador Geraldo José de Almeida, da Rádio Record. Amarildo, jogador do Botafogo, foi o escolhido pelo técnico Aymoré Moreira para a dura e praticamente impossível missão de substituir o Rei Pelé, que se machucou no segundo jogo da Copa de 1962. A contusão foi o drama do mundial. Na partida seguinte, contra a Espanha, o Possesso, como o chamou Nelson Rodrigues, marcou os gols que garantiram a classificação da seleção para as quartas de final. Foi um sufoco, mas a equipe nacional estava viva na disputa pelo título. Ninguém imaginava que o caminho do Brasil em campos chilenos seria tão acidentado. A seleção canarinho nunca tinha chegado a um mundial com tanta confi ança. E não era para menos! Depois de assombrar o mundo em 1958, os craques, praticamente os mesmos, estavam prontos para repetir a façanha da Itália, que em 1934 e 1938 conquistou o bicampeonato. [...]