Na idade média, uma fuga precipitada coloca um velho santo em uma surpreendente viagem pelo coração da África. Uma odisseia única de aprendizados e descobrimentos. Em um monastério na costa da catalunha, vive um velho monge que passou seus últimos quarenta anos em devoto exercício de sua vocação. Observando o mundo sempre a distância e através de suas orações, operando seus pequenos milagres. O reconhecimento por seus atos e a devoção dos fiéis são sinceros. Mas mesmo dentro do mosteiro existe ganância e egoísmo. O Santo, obra de César Aira e vencedora do Premio Iberoamericano de Narrativa Manuel Rojas 2016, narra a pitoresca história de um padre que só queria terminar seus dias em paz e na Itália, sua terra natal. Porém o medo de perder sua principal fonte de renda, leva o Abade e as autoridades da cidade a tomar uma decisão desastrosa: encomendar o assassinato do velho Santo e assim conservar o corpo para usar como relíquia e fonte de renda. Azar de uns, sorte de outros, e o monge consegue escapar do seu fatídico destino. E começa uma estranha aventura pelo exótico e perigoso continente africano. A descoberta de uma nova realidade fora dos claustros do monastério, torna o Santo ciente de quanto estava cansado da vida monástica e acende no monge uma nova, enquanto aproveita as novidades e encontro um inesperado amor no fim de sua vida. O santo é um livro leve que faz o leitor refletir enquanto acompanha a viagem de um homem inocente que de repente se encontra solto em um mundo novo, com cores, sons e cheiros que até então nunca tinha imaginado. Em uma pequena cidade na costa da Catalunha nos últimos anos da Idade Média, vive um velho monge conhecido por ser um santo. Devido aos seus pequenos e abundantes milagres, tornou-se alvo da devoção e da peregrinação de fiéis de todo o mundo cristão. O convento onde vive se transformou em um próspero centro econômico graças às intermináveis peregrinações de aleijados, doentes, desesperadas e abandonadas que chegam de todos os lugares. Ao sentir a proximidade da morte, ele decide voltar para a Itália, para desfrutar de seus últimos dias na paz de sua cidade natal. Diante da perda da principal fonte de renda para a região, as autoridades locais e o abade do mosteiro decidem contratar o melhor assassino para garantir a morte do monge, mantendo, assim, a sagrada relíquia de seu corpo na Catalunha. Tem início então sua fuga pelos céus escarpados da Catalunha e as águas quentes do Mediterrâneo a bordo de embarcações gregas e ameaçado por piratas turcos, até chegar à África muçulmana profunda, quando literalmente troca o espírito pela carne e, afinal, reencontra o mal transfigurado. Combinando o bizarro com o real, César Aira mais uma vez alia ficção, ensaio e humor em uma narrativa multifária, que desafia as classificações mais óbvias e já nasce indispensável entre sua numerosa e prestigiada bibliografia.