Trato, neste livro, da vida social do homem simples e cotidiano, cuja existência é atravessada por mecanismos de dominação e alienação que destorcem sua compreensão da História e do próprio destino. Todos nós somos esse homem que não só luta para viver a vida de todo dia, mas que luta também para compreender um viver que lhe escapa porque não raro se apresenta como absurdo, como se fosse um viver destituído de sentido. É um livro meio escrito e meio falado, que lida com o complicado problema do crescente domínio do processo histórico pela cotidianidade. Trato nestes ensaios e entrevistas, portanto, das condições adversas e novas para o fazer História, para que o homem se torne agente ativo de seu destino, neste tempo de modernidade, numa sociedade de modernidade frágil como a nossa sociedade brasileira. Da Introdução.