Entre a palavra da ciência e a palavra de senso comum há diferenças, mas qual a função de cada uma, e como a escola medeia a relação entre o mundo da vida e o mundo da ciência? Como as crianças elaboram e constroem suas significações no espaço escolar e no mundo? O objetivo deste livro é investigar e compreender os processos de significação nas relações de ensino e aprendizagem de ciências, considerando as seguintes categorias: a significação de si; a elaboração conceitual dos termos científico-escolares; os estudos dos processos de significação; e os usos/apropriação da linguagem com um grupo de alunos de uma escola pública. A análise dos dados foi feita com base na análise microgenética e à luz das contribuições da perspectiva histórico-cultural. Assim, discute-se o fato de que os saberes escolares são sistematizados pelo professor e apropriados pelos alunos num processo dialético e muito peculiar de mediação pedagógica. Essa mediação ocorre por meio de signos, instrumentos (...)