Acreditem se quiser, este é um livro de poesia. Não um livro de poesia como manda(va) a tradição. Não espere versinhos de amor e sentimentalismos gratuitos. Matheus não vai falar de flores. Aqui o lirismo passa longe de bater cartão como funcionário público. A não ser talvez, que ele trabalhe como um super- herói na periferia de uma cidade brasileira. O autor segue criando uma nova maneira de fazer poesia, valendo-se de uma linguagem objetiva, coloquial e permeada de expressões populares que se opõem ao fazer poético clássico. Abraçando os preceitos do pai dos antipoetas Nicanor Parra, e de seus discípulos diretos (e indiretos) como Chacal, Nicolas Behr, Bruno Brum e Angélica Freitas, a poesia abraça a linguagem informal, direta, os jargões populares do século XXI, os personagens da cultura pop. Trata-se de uma linguagem subversiva que assume uma função crítica a qualquer tradicionalismo e dessacraliza a poesia e o próprio poeta por meio da ironia, da parodia, [...]