Astrid Lindgren nasceu em 1907. Foi uma escritora sueca mundialmente conhecida por sua série Pippi Meialonga. Ela também tornou-se notória por seu apoio aos direitos das crianças e dos animais e por sua oposição à punição corporal. Em 1958, foi a segunda ganhadora do Prêmio Hans Christian Andersen, um galardão internacional da literatura infantojuvenil. Em 1994, ela recebeu o Right Livelihood Award (também conhecido como Prêmio Nobel Alternativo, por sua dedicação à justiça, não violência e compreensão das minorias, bem como seu amor e cuidado pela natureza, no parlamento da Suécia. Aos 90 anos, foi proclamada Personalidade do Ano na Suécia, por um programa de rádio. Após sua morte em 2002, aos 94 anos de idade, o governo sueco instituiu o Prêmio Astrid Lindgren em sua memória. O prêmio é a maior recompensa financeira em todo o mundo para livros de literatura infantojuvenil, num montante de 5 milhões de coroas (cerca de 1,5 milhão de Reais). A coleção dos manuscritos originais de Astrid Lindgren na Kungliga Biblioteket, em Estocolmo, foi adicionada à lista de herança cultural da UNESCO em 2005. A empatia da autora das crianças e da visão dos horrores da guerra, mesmo na Suécia neutra, é impressionante. Ela trabalhou na divisão de sensura do controle postal (correios), descrevendo-o, antes de começar, como trabalho de defesa secreto, mas quando termina, em 1945, chamou-o de meu trabalho sórdido.Esses diários pessoais mantidos pela renomada escritora internacional Astrid Lindgren relatam os horrores da Segunda Guerra Mundial. Antes de se tornar conhecida internacionalmente por seus livros da série Pippi Meialonga, ela era uma autora aspirante a viver em Estocolmo com sua família no início da Guerra. Os diários que escreveu durante as hostilidades oferecem um relato único de uma civil, de uma mãe e de uma aspirante escritora do conflito devastador. Ela surge como uma crítica moralmente corajosa da violência e da guerra, bem como uma observadora profundamente sensível e astuta dos assuntos mundiais. Aqui encontramos seus pensamentos sobre o racionamento, os apagões, a invasão soviética da Finlândia e a natureza do mal, bem como de seus rompimentos pessoais, lutas financeiras e provas como mãe e escritora. Posteriormente publicados na Suécia para grande aclamação internacional, esses diários foram chamados na imprensa sueca de uma "narrativa de guerra sem paralelo", "sem precedentes" e uma "lição de história chocante". Ilustrado com fotografias do acervo da família, recortes de jornais e páginas de fac-símile, os diários de Lindgren fornecem um relato intensamente pessoal e vívido da Europa durante a guerra.