“Sem memória”, duas palavras cruéis que corroem minha alma e dilaceram meu coração. Sou um ser oco, sem raízes, completamente confuso; busco incessantemente, mesmo inconscientemente, descobrir meu passado. Sou uma pessoa que não me conheço. Vivo um presente que muitas vezes parece mais um sonho do que uma vida real. Talvez o fato de estar assim, seja o que me impulsiona a pintar com destreza, pois a emoção é o que me move a todo momento. Somente esqueço deste meu estado, quando estou ao lado da Clarissa. Ela é a única pessoa que transforma num passe de mágica, meu dia nublado em um dia completamente ensolarado; minhas dúvidas em certezas absolutas, e minha vida sem sentido em algo sobrenatural, onde apenas o sentimento permitido é o amor.