Durante muito tempo, teve-se de Liszt a imagem pré-fabricada, transmitida mecanicamente de um musicólogo ou historiador para outro, de que ele não tinha passado de um pianista que também compunha. Mas o autor mostra que esse estado de coisas deve pertencer ao passado. Franz Liszt é um homem que praticou os mais diversos gêneros musicais, sempre de uma maneira muito livre, sempre repensando as estruturas tradicionais com criatividade. O catálogo de suas composições eleva-se a 768 ítens. Quando Liszt morreu, em 1886, era o último sobrevivente de uma grande geração romântica formada por Berlioz, Chopin, Schumann, Mendelssohn e Wagner.