“Eu sou o resultado do somatório de todas as minhas exceções e de todas as minhas regras. Eu sou os nós da minha corda. Eu sou as curvas e as pedras no meu caminho. Eu sou a folha rabiscada e amassada, mas ainda com muitos espaços a preencher. Eu sou a primeira e a última gota da tempestade. Eu sou a minha bunda grande. Eu sou meu cabelo cacheado. Eu sou o meu nariz bolinha. Eu sou arquiteta, matemática e escritora. Eu sou mulher. Eu sou as minhas escolhas e não escolhas. Eu sou aquilo que não sou mais. Eu sou o que sempre fui e mais o que serei. Eu sou o certo e o não tão certo assim. Eu sou o medo que me envolve e a coragem que me rasga. Eu sou o gelo que me isola e o fogo que me propaga... Estes diários são os registros dos meus erros e acertos. São as minhas escolhas. Alguns dos meus problemas são bem comuns. Achar-me gorda. Sentir tristeza. Outros, bem diferentes, como distúrbio de personalidade e esclerose múltipla. A única coisa que nos impede de ser é o não querer ser.