Os universais é a expressão com a qual a filosofia clássica designa as categorias básicas do ser e do pensamento. O estatuto ambíguo dos esquemas elementares com os quais apreendemos a realidade tem sido um problema fundante da tradição filosófica ocidental. Cada época reinterpreta este problema a partir de seu próprio horizonte de compreensão: por exemplo, Guilherme de Ockham à luz da análise semiótica, Emmanuel Kant à luz da ciência de Newton e Émile Durkheim à luz das evidências etnográficas e da busca de uma sociologia do conhecimento. Este é um trabalho sobre as Categorias e não sobre as categorias. A distinção não é ociosa, pois não pretende elaborar uma pesquisa sistemática sobre o problema categorial nos principais pensadores de todos os tempos, mas concentra seu esforço em Aristóteles. Poderia ter sido feito com Platão, Kant ou Husserl, mas as preferências são essa margem de arbitrariedade que impulsiona a reflexão.