O português Manuel António Pina (1943-2012) viveu e morreu na cidade do Porto; foi poeta, cronista, dramaturgo e autor de livros infantis. É um dos maiores nomes da poesia portuguesa contemporânea, tendo recebido em 2011, pelo conjunto de sua obra, o Prêmio Camões, principal condecoração literária em nossa língua. Organizado por Leonardo Gandolfi - poeta e professor de literatura portuguesa na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), responsável também pelo posfácio e pela seleta de entrevistas que integram o volume - O coração pronto para o roubo é a primeira coletânea poética do autor publicada no Brasil e reúne mais de oitenta poemas de todos os seus livros. Reflexiva, múltipla, irônica porém nostálgica de um olhar infantil; desencantada mas ainda em busca de algum sentido ou de uma mínima razão; e, enfim, sempre precavida contra a falácia do "Eu", pois sabe que "É sempre Outro quem escreve" e que "a literatura é uma arte de ladrões que roubam a ladrões", a poesia de Manuel António Pina ao mesmo tempo inquieta e consola, em sua busca incessante por "um sítio onde pousar a cabeça": "Porque é de noite e estamos ambos sós, leitura e escritura, criador e criatura, na mesma inumerável voz."O portugues Manuel Antonio Pina (1943-2012) viveu e morreu na cidade do Porto; foi poeta, cronista, dramaturgo e autor de livros infantis. E um dos maiores nomes da poesia portuguesa contemporanea, tendo recebido em 2011, pelo conjunto de sua obra, o Premio Camoes, principal condecoracao literaria em nossa lingua. Organizado por Leonardo Gandolfi poeta e professor de literatura portuguesa na Universidade Federal de Sao Paulo (Unifesp), responsavel tambem pelo posfacio e pela seleta de entrevistas que integram o volume O coracao pronto para o roubo e a primeira coletanea poetica do autor publicada no Brasil e reune mais de oitenta poemas de todos os seus livros. Reflexiva, multipla, ironica porem nostalgica de um olhar infantil; desencantada mas ainda em busca de algum sentido ou de uma minima razao; e, enfim, sempre precavida contra a falacia do Eu , pois sabe que E sempre Outro quem escreve e que a literatura e uma arte de ladroes que roubam a ladroes , a poesia de Manuel Antonio Pina ao mesmo tempo inquieta e consola, em sua busca incessante por um sitio onde pousar a cabeca : Porque e de noite e estamos ambos sos, leitura e escritura, criador e criatura, na mesma inumeravel voz.