Este livro imita uma lata da iguaria e traz idéia fresca da melhor qualidade para ser consumida, de preferência, numa poltrona. De forma muito bem-humorada, a jovem autora francesa Delphine Perret conta como as sardinhas escaparam da dominação humana e migraram para o mar, no episódio que ficou conhecido como "A grande migração do povo das sardinhas rumo à Terra da liberdade". Pouca gente sabe, mas, antigamente, as latas de sardinhas eram o fruto de uma árvore, a sardinheira. As pessoas achavam-nas tão nobres que somente o governo tinha o direito de cultivá-las. Mas elas eram lindas, muito lindas, e despertavam o desejo de consumo. E é Maurício, que desde garoto sonha com um pé de sardinhas, quem decide desobedecer às regras e roubar um ramo da árvore para plantar em seu quintal. O livro mostra como o homem é capaz de interferir abruptamente na ordem natural, alterando o destino de uma espécie ao tentar domesticá-la. Mas, ao mesmo tempo, revela a superioridade da pequena sardinha diante da ignorância do grande homem.