Mario Serra era desempregado crônico na época em que as pessoas tinham emprego, e tem emprego bacana, agora que muita gente está desempregada. Construiu uma carreira de sucesso e adquiriu uma expertise de oficio sem perder aquele jeitão de quem vai gingando num caminho muito próprio, convicto de que a seriedade dos fins não altera o bom humor dos meios. Tem nas costas três décadas de BNDES e, em vez de adquirir aquele tom cinza-ratazana de repartição pública, conservou o brilho nos olhos, de quem ainda consegue observar, raciocinar, criticar e até se entusiasmar. Já chefiou e já foi chefiado. Perdeu e ganhou. Com isso, desenvolveu uma espécie de visão bifocal das coisas: a empresa privada, pela lente do consultor público; o patrão, a partir do rés do desempregado, e vice-versa. "... Parodiando o Chacrinha, A Arte de Administrar não veio para explicar, veio para confundir e despertar discussões apaixonadas sobre a vida na Empresa e a Empresa na vida." - Marcelo Madureira (Casseta & Planeta)