A Comunidade de Casca, RS, foi a primeira no sul do Brasil a ser reconhecida como remanescente de quilombos. Uma perícia antropológica possibilitou esse processo de reconhecimento e estimulou muitos outros pleitos iniciados desde então. O texto apresentado neste livro é resultado dessa perícia e do laudo emitido pela antropóloga Ilka Boaventura Leite. Trata-se de importante contribuição para o conhecimento da tradição intelectual da produção de laudos, para a discussão crítica dessa prática antropológica e para o debate sobre soluções viáveis a confrontos de interesses, no sentido de garantir os direitos das comunidades rurais negras às suas terras.