As questões filosóficas, mais ainda as da filosofia jurídica, parecem muitas vezes absolutamente gratuitas, surgindo da mente dos pensadores como Minerva da cabeça de Júpiter, já toda armada, num passe de mágica. Mas as coisas não se passam desse modo. Cláudio de Cicco situa os pensadores no contexto de seu tempo, dentro de um processo histórico. Passou-se a falar então na historicidade da cultura ou das instituições, na historicidade da família, da propriedade e do Estado e, evidentemente, na historicidade do direito.