Este Diário é um sucinto relatório de uma obra filosófica pessoal e, ao mesmo tempo, um testemunho histórico e político da maneira como os filósofos tiveram de fazer suas filosofias na mudança do milênio na parte sul-americana do planeta, onde se assumir como filósofo foi considerada uma postura arrogante e irresponsável. Na primeira parte estuda-se a conhecida frase "Não há filósofos no Brasil" em três etapas: o que é "Filosofia", o que é o "Brasil" e o que significa "não haver"; na segunda, é narrada a trajetória que levou o autor a sua teoria lógica lexical, à ética negativa e à teoria logopática do cinema; na terceira, são postas as questões do homem cordial, a originalidade (descobrir a pólvora), a fenomenologia do brasileiro e a possibilidade de uma Filosofia Pau Brasil, num diálogo com Sérgio Buarque de Holanda, Oswald de Andrade, Vilém Flusser e Paulo Margutti; e, nesta edição, uma reflexão sobre três tipos de textos filosóficos produzidos no Brasil e no mundo.