“... a riqueza dos textos de Andersen ‘permite explorá-los em diferentes níveis e para distintos públicos’. E, por isso mesmo, textos como O Patinho Feio são protótipos de experiências de leitura de grande importância para a educação, a cultura ou a própria construção da cidadania, ao mesmo tempo em que são frutos também da criação de espaços de alfabetização. Certamente, a pluralidade de paradigmas científicos relativos à leitura e à literatura faz com que seja difícil responder à pergunta de Barthes – ‘por onde começar’ –, quando o educador, além de tomar decisões, deve ser o protagonista de projetos de intervenção em seu meio. O ensino da leitura se enriqueceu de todas as perspectivas clássicas e também das mais modernas, e, nele, o cognitivismo ou o enfoque social e etnográfico (os New Studies of Literacy) ou o desenvolvimento das neurociências estão contribuindo com elementos muito interessantes...”