Gigi Makowiecki vive em Cuiabá com o marido e dois filhos. Viaja a São Paulo para encontrar amigas de quando trabalhou como modelo. Depois vai ao Rio fazer um checkup. Mas seus planos se modificam. Vive experiências inusitadas e conhece pessoas que a despertam de sua mesmice e insatisfação. Em meio a viravoltas, um protagonismo novo se anuncia. Frente ao desvelamento do desejo, ela atravessa o mar pulsional de sua existência. O romance flagra o momento em que a mulher experimenta o auge de sua independência. As inibições se desarticulam num movimento in-tenso para abdicar do lugar de objeto – uma mulher sempre em busca do macho protetor – que o patriarcado lhe destina. Maria Eugênia, nome próprio de Gigi, escolhe o amor sem cair nas ciladas que destruíram heroínas da literatura de outrora. Há um compromisso propositivo nesta ficção: de avançar no campo das possibilidades afirmativas. Questões ambientais e políticas flamejam na trama insuflando no espírito de cada um a urgência de uma escolha.