A Camiliana era muito melhor do que a personagem de meu livro e, quando deixei escapar isto, ela respondeu sem titubear: - Isso porque viver é melhor do quer sonhar. Apaixonado, pensava em me mudar para Belém. Pedi para ter uma filha com ela, preferencialmente com o nome de Benvinda, e ela então caçoou de mim, disse que as colegas de escola morreriam de rir do nome de nossa filha. Aos poucos, eu fui lhe mostrando meus escritos e palavras inventadas, e ela tentava disfarçar seu ciúme de minha mulher em São Paulo, perguntando se ia me divorciar dela. Respondi q ela que meu pai, estando à beira da morte, havia me ensinado que um escritor é o único que pode ter o privilégio dentro da lei de ter duas amadas: a verdadeira e a de seu romance favorito.