Realmente, uma noite pode não mais acabar. Mas será que ela não termina pela ordem natural dos desejos, ou pelo medo que o dia seguinte resplandeça? Nesses dilemas, a madrugada trucida, anima, arrebenta, alivia. O que fazer com tantas complexidades, inconstâncias, medos, angústias e desesperos? Em contrapartida, como aguentar tamanha felicidade por uma crítica, uma vida nova, uma superação estridente e a chance de fazer tudo diferente quando se conhece o inverso? Essas dúvidas certas dilaceram os dias e invadem o breu. Sombrias ou não, alegres, confusas, melancólicas e mesmo extremamente felizes, com o nada subjetivo, essas noites podem continuar existindo sem que necessariamente haja algo que as forme. Tudo pode ser o que pensamos quando queremos e principalmente: aguentamos. Nesse ponto o mais certo é que não exista nenhuma certeza. Nem essa.