Na obra, sob uma abordagem antropológica, e lastreada em sua longa experiência como enfermeira e professora de Enfermagem, a autora realiza uma etnografia sobre a construção social da identidade do enfermeiro, demonstrando a persistência e penetração de um modelo vocacional estruturado num eixo moral que, escondido sob o "modelo profissional" aparentemente hegemônico, na verdade preside o processo de formação de novos enfermeiros e dá sentido à sua prática profissional. Com apresentação da antropóloga Simoni Lahud Guedes, a obra representa valiosa demonstração irrefutável da permanência do que a autora denomina ´modelo vocacional`do enfermeiro, escondido por "trás da chama da lâmpada" levantada por ninguém menos do que Florence Nightingale. Trata-se de um livro imprescindível para todos os profissionais da área de saúde e para os cientistas sociais, particularmente aqueles voltados ao estudo dos fenômenos sócio-culturais ligados às concepções saúde/doença e aqueles voltados ao estudo das diversas profissões.