Os textos aqui reunidos se desdobram entre os anos de 1982 e 2004 e são de natureza diversa: ensaios, críticas, prefácios, manifestos, recordações e devaneios. Curtos, médios ou longos, todos atestam o talento único de Atwood, que começou a escrever aos seis anos, se profissionalizou aos dezesseis e, agora, em sua oitava década de vida, continua ativa, atenta, engajada e mordaz. Mestre em Literatura por Harvard, ela não chegou a completar o doutorado pela universidade. Nem precisou, pois foi homenageada com títulos honoris causa por mais de vinte instituições da América e da Europa, sendo reconhecida há muito como a figura mais importante da cultura canadense graças a sua invulgar clareza de pensamento e seu sutil senso de humor que lhe permitem desmascarar as mais diversas imposturas sem perder a elegância de estilo e a profundidade das suas observações, fundamentadas em sólida bagagem clássica contrabalançada pela sintonia com a cultura de massa. Margaret Atwood é capaz de [...]