Contudo, é somente como um Poema que desejo seja esse trabalho julgado depois de minha morte. É este o pedido que Edgar Allan Poe faz no prefácio de seu último poema: a cosmogonia Eureka, escrita em prosa, como se fosse um tratado científico. Os contemporâneos não foram dóceis ao julgar a obra de Poe, por isso devemos nos atentar ao pedido que Guilherme Pimenta faz aos leitores, no prefácio desta obra: que este livro os inspire nas suas histórias românticas (sejam elas já consolidadas ou não) e também os ajude em seus momentos de tristeza e ajude a complementar os causos de alegria, além de conhecerem lugares novos. Foram anos de trabalho para que um sonho se concretizasse. Este sonho agora tem cheiro de papel, cores, orelhas, lombada e pode ser seguro, dobrado e guardado com cuidado em meio aos outros sonhos que um dia foram publicados. Diante disto, não é estranho atender o pedido do poeta: deixe que a poesia inspire outros sonhos.