Escritor, fotógrafo e editor de livros, Ozias Filho aprimorou a sua carreira artística e profissional em Portugal, país em que reside há mais de três décadas. Durante esse período, inclusive, o autor de Páginas despidas e Poemas do dilúvio tem desempenhado também a função extraoficial de embaixador da poesia brasileira em terras lusitanas, as mais das vezes sem o natural apoio do Itamaraty. Como poeta, antes de Os cavalos adoram maçãs, Ozias Filho tivera apenas dois de seus livros editados no Brasil: Insulares e O relógio avariado de Deus. É importante salientar que ambos foram originalmente publicados em Portugal. Portanto, este Os cavalos adoram maçãs já salta da prensa com o mérito de ser a única obra do escritor, até o momento, cuja primeira edição se dá no país em que Vinicius escreveu um poema/ para Teresa, mãe de Leonor e para onde se volta, numa página pungente, a sua finestra di memoria. Embora a memória funcione como um leimotiv em diversas passagens deste livro (...)