Um retrato íntimo das mulheres iranianas, repleto de revelações sobre sexo, casamento e vida em família sob um regime opressor. Da autora de Persépolis.O "bordado" iraniano seria equivalente ao brasileiríssimo "tricô", não fosse uma acepção bastante particular: a expressão designa também a cirurgia de reconstituição do hímen, uma decisão pragmática para as mulheres que não abrem mão de ter vida sexual antes do casamento, mas sabem que precisam corresponder às expectativas das forças moralistas do país. O grupo que se reúne na casa da avó de Marjane, a mesma que conhecemos em Persépolis, é uma amostra de mulheres com moral e experiência bastante variadas, mas sempre às voltas com o machismo e a tradição, sobretudo depois da Revolução Islâmica (1979). Casamentos malfadados, virgindades roubadas, adultérios e frustrações, narrados com a ironia tão peculiar à autora, mostram que no Irã amar pode ser ainda mais complicado do que podemos supor.O "bordado" iraniano seria equivalente ao brasileiríssimo "tricô", não fosse uma acepção bastante particular: a expressão designa também a cirurgia de reconstituição do hímen, uma decisão pragmática para as mulheres que não abrem mão de ter vida sexual antes do casamento, mas sabem que precisam corresponder às expectativas das forças moralistas do país. O grupo que se reúne na casa da avó de Marjane, a mesma que conhecemos em Persépolis, é uma amostra de mulheres com moral e experiência bastante variadas, mas sempre às voltas com o machismo e a tradição, sobretudo depois da Revolução Islâmica (1979). Casamentos malfadados, virgindades roubadas, adultérios e frustrações, narrados com a ironia tão peculiar à autora, mostram que no Irã amar pode ser ainda mais complicado do que podemos supor.