O autor deste livro faz com que boa parte da cosmologia dos povos chaquenhos surja do registro das narrativas produzidas pelos brancos. Faz isto com maestria e rigor, examinando, entre outros aspectos, o entendimento da prática da violência presente nas suas ações de guerra, ou a sua compreensão da morte e da troca de bens e objetos. De um enorme conjunto de variados documentos, surge uma história dos povos chaquenhos preenchida de sentidos até agora para nós desconhecidos, e se aproxima desses povos desde a sua cosmologia, onde se encontravam os fundamentos que sustentavam os sentidos presentes nas suas práticas sociais.