principalmente. por sua obra Guilherme de Ockham. publicada pela EDIPUCRS há algum tempo. Surge agora a segunda edição do livro de sua autoria: As raízes medievais do pensamento moderno. O volume reproduz um curso ministrado em São Paulo. no Centro de Extensão Universitária. Nele a unidade temática gira em torno da superação do sistema aristotélico pelos pensadores do final da Idade Média. Aristóteles foi o filósofo que possibilitou a elaboração teórica de um novo modelo de pensamento junto aos árabes. aos judeus e aos cristãos e. por isso mesmo. foi o autor mais citado naquele período. Contudo. no decorrer dos anos. foram crescendo os pontos de discordância. as ressalvas. os acréscimos. Não houve grande alarde enquanto isto acontecia: por vezes tentava-se mesmo uma leitura benévola do Estagirita. Aos poucos. porém. e de forma constante. foram-se destruindo partes do sistema e. um belo dia. as portas da Filosofia abriram-se para a modernidade. Ghisalberti aponta alguns casos paradigmáticos. Em Duns Scotus. dois temas são escolhidos: a inteligência e a vontade. que conferem à divindade o conhecimento e o querer de si mesmo e de todo o existente; e a contingência do mundo. a contrariar o necessitarismo grego. Do amplo leque das inovações ockhamianas toma alguns problemas lógicos gnosiológicos. como a questão singular-universal e indivíduo natureza; além disso. analisa-lhe o pensamento ético e o que se segue a Ockham na história da Filosofia: a oposição entre a via antiqua e a via moderna. A renovação da Física é o assunto tratado em Buridano. A conseqüência das inovações é resumida a seguir. ao século XV. Por fim. um problema. que desde Platão e Aristóteles. passando por Agostinho. Boécio. fazia-se presente no debate filosófico: que significava para os medievais e os renascentistas. a pergunta sobre a felicidade e sobre o fim último do agir humano. A fluência de estilo e a facilidade de compreensão acompanham a profundidade de análise do autor que. assim. oferece ao p