Um crime aparentemente banal em São Francisco é o estopim de uma sucessão de acontecimentos que desembocam numa grave crise. Tudo começa quando um bandido comum, Jerohm Reese, realiza um roubo de carro seguido de assassinato. Por falta de provas e de testemunhas, Reese acaba sendo libertado. O que serve como ponto de partida para o escritor americano John T. Lescroart criar “Justiça até certo ponto” mais um de seus thrillers envolventes. Desta vez, sobre o racismo. Tudo não passaria de um caso rotineiro se a liberdade de Reese, negro, não tivesse despertado a fúria dos amigos da vítima. Numa noite de bebedeira num bar eles resolvem fazer vingança e linchar o primeiro negro que encontram pela frente — Arthur Wade — que teve a infelicidade de estar no local errado, na hora errada. Somente um dos clientes do bar sai em defesa de Wade. Porém, ao tentar passar uma faca para o rapaz se defender, Kevin Shea é fotografado numa pose que deixa a entender que ele fazia parte do grupo de linchadores. Encabeçando a busca está Glitsky, chefe do setor de homicídios da cidade e amigo íntimo de Dismas Hardy, protagonista de outros livros do autor.