Eis um livro que foge da lágrima fácil. Isso é um grande mérito. Não foram poucos os romances que, pretendendo narrar fatos do Holocausto, sucumbiram à adjetivação profusa e à emoção desmedida, o que se explica pela natureza dos fatos. Ocorre que, assim fazendo, o texto resulta prejudicado porque a sobriedade é uma virtude na hora de contar uma história -, por chocantes que sejam os fatos. A carioca Betty Steinberg, residente nos Estados Unidos há 40 anos, quis trazer ao público um drama familiar que a marcou de várias formas.