Vitória tinha apenas poucos dias de vida quando foi abandonada na porta do orfanato, com uma pneumonia que traria sequelas permanentes. Mesmo sem conseguir um lar de verdade, encontrou o amor onde menos esperava. Ainda assim, os portões oxidados daquele lugar lhe deixariam marcas muito profundas. Diferente e distante das outras crianças, as estátuas do jardim e nos anjos e monstros escondidos nas paredes do casarão foram as suas grandes companhias. Desde cedo, o dom com as palavras foi revelado.