"Era um pezinho de arruda nascido lá no canteiro. Não foi ninguém que plantou... Dona Zi sentiu o cheiro: - Mas, olha só, que beleza! Vou usar como tempero! Justo naquele momento ia passando um rapaz que depressa aproveitou e, provando ser capaz, mal Dona Zi se virou, pegou o pezinho e zás! Como nós todos sabemos, arruda é uma planta forte. Para quem vive azarado, e até com medo da morte, basta arrumar um raminho. Qualquer azar vira sorte!" A superstição segundo a qual a arruda traz benefícios espirituais e protege quem usa, espanta o mal e traz boa sorte é bastante forte e presente em nosso dia a dia. Partindo daí, Bel Azevedo criou uma aventurosa e terna história para um singelo raminho de arruda, que passa por muitas mãos e acontecimentos, sempre levando fé e esperança. O texto narrativo, metrificado e rimado é fluente, divertido, gostoso de ler. Um posfácio sobre os poderes da arruda informa e aprofunda a leitura. As ilustrações de Luis Matuto, do Estúdio Arado, (...)