“Me lembro de uma noite aleatória de nal de semana, minha prima de, na época, 8 anos de idade, me perguntou uma daquelas peripécias de criança (se convive com uma, deve saber do que estou falando), ela queria saber se eu estava estudando para ouvir o coração das pessoas. Eu não soube o que responder, não sei ao certo se pela simplicidade da pergunta ou se por sua característica repentina. Acenei que sim com um sorriso e a resposta cou apenas em pensamento: ‘Caramba, quando a gente cresce a gente ca tão careta’. Então, percebi que teria que dar início a um processo de ‘descaretagem’, pois havia sido contaminada pela ‘caretagem’ dos adultos. Percebe como não se precisa de muito? Às vezes é uma questão de não ser tão careta. […] Essa parte não consta exatamente nos livros. […] Para isso, é preciso saber olhar para quem está fora da clínica.”